Curitiba ganhará serviço de locação de 300 bikes equipadas com
sistema de geolocalização
Serviço é oferecido em vários países da Europa
Após quase cinco anos de total abandono e três tentativas frustradas, Curitiba
finalmente conseguiu licitar os bicicletários que fazem parte do mobiliário
urbano da cidade. A grande novidade, porém, é que a empresa vencedora da
licitação, a Bicicletaria.Net, vai implantar o aluguel de bicicletas com uma frota
inicial de 300 unidades equipadas com sistema de geolocalização (GPS). O
serviço deve começar a funcionar apenas no segundo semestre deste ano.
A empresa que assumirá os bicicletários do Centro Cívico, Jardim
Botânico e São Lorenço, construídos desde 2007 e até então sem uso, anunciou
ontem, durante o 2.º Fórum Curitiba de Trânsito, o projeto de utilização dos
espaços.
Inicialmente, serão 50 bikes por bicicletário. Mas a ideia é
também viabilizar a assinatura da permissão para outros três pontos licitados –
Santa Quitéria e terminais do Carmo e do Pinheirinho –, já que o grupo vencedor
da licitação do uso desses outros lugares desistiu da assinatura dos contratos.
A Bicicletaria.Net poderá assumir a gestão desses outros três se cobrir o lance
vencedor, conforme prevê a Lei de Licitações, pois as empresas ganhadoras
desistiram. “A ideia é que os seis bicicletários operem de forma integrada. O
usuário poderá retirar e devolver a bicicleta em qualquer ponto da rede”, explica
o empresário Rafael Milani Medeiros, da Bicicletaria.Net.
Para acessar o serviço, o usuário terá de pagar mensalmente entre
R$ 15 e R$ 25, para o uso diário por cerca de uma hora. “O preço ainda depende
dos patrocinadores. Queremos cobrar o valor mais acessível, dependendo dos
anunciantes. A ideia é fazer o equipamento rodar, incentivando o uso da
bicicleta e gerando mídia espontânea para empresas interessadas”, explica
Milani.
Além de o usuário ter de deixar uma caução para a empresa, como
garantia de que a bicicleta será devolvida, as bikes terão GPS, sendo possível
rastreá-las. Milani explica que as pessoas que vivem ou trabalham nas
proximidades dos bicicletários serão as mais beneficiadas. Isso porque a
intenção é que o usuário pegue a bike em um ponto conveniado e devolva, em
seguida, no outro. “Estudamos outras formas de uso, como cobrança por diária e
cobrança diferenciada para quem precisa deixar a bike estacionada em outro
lugar”, exemplifica. Para os bicicletários que funcionarão próximos aos
terminais, se a empresa obtiver a permissão para operá-los, haverá a combinação
do uso da bicicleta com o BRT (Bus Rapid Transit), ou seja, a pessoa iria de
casa ao terminal (e vice-versa) de bike e só no terminal pegaria o ônibus para
outros lugares, dispensando, assim, os ônibus alimentadores. Além de alugar
bikes, os bicicletários deverão servir de estacionamento, oferecer serviço de
manutenção e comercializar peças e equipamentos.
Por Alexandre Costa
Nascimento

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