Quem fala só uma língua pode perder oportunidades, diz
consultor de RH.
Profissionais contam sobre experiências que tiveram no mercado de trabalho.
Profissionais contam sobre experiências que tiveram no mercado de trabalho.
Reprodução da TV.
Quem domina apenas um idioma pode perder grandes
oportunidades na hora de concorrer a uma vaga de trabalho, de acordo com
especialistas em Recursos Humanos. Em alguns setores em Campo Grande, este é um
pré-requisito para a contratação de profissionais.
Para conseguir emprego em uma empresa importadora e
exportadora de carne bovina, por exemplo, o candidato deve obrigatoriamente
falar dois idiomas além do português. São exigidos inglês e espanhol do
candidato. Gustavo Borba é o gerente comercial da empresa, que negocia com
países do mundo todo. Ele conta que, para conquistar o cargo, fez faculdade de
zootecnia, aprendeu inglês, espanhol e ainda morou um tempo fora do país para
melhorar a fluência dos idiomas. "A gente só consegue entender que isso é
realmente necessário quando você cai no mercado de trabalho e precisa ter um
diferencial", afirma.
Diana Jacoub é responsável por um hotel em Campo Grande.
O domínio de mais de uma língua fez com que ela deixasse muitos concorrentes
para trás. A gerente conta que é cada vez maior o número de hóspedes
estrangeiros. Por semana, pelo menos duas pessoas de outros países ocupam as
instalações do hotel. Por isso a necessidade cada vez maior de uma mão de obra
especializada. "Hoje estamos com essa preocupação para receber o público
estrangeiro, para que eles gostem de nosso país e retornem em um futuro
próximo", diz.
Além do mercado de exportação e do turismo, conhecer
vários idiomas também pode abrir portas no mundo acadêmico. É cada vez maior o
número de escolas de línguas. Em muitos países e em todas as cidades
brasileiras também existe a função de tradutor público. "É aquela pessoa
que faz a tradução de todos os documentos que não estão no idioma português.
Também vai trabalhar como intérprete em todos os órgãos públicos que
necessitam, como Polícia Federal e cartórios de casamentos", explica a
tradutora Lorene Ferrari.
Além de tradutora pública, Lorene também é dona de uma
escola de idiomas. No ramo há 23 anos, ela explica que nesse período viu uma
mudança significativa no perfil dos alunos. "O espanhol está sendo muito
procurado. Antes eram só adultos, mas percebemos que as crianças estão
procurando cursos de idiomas também", conta.
Dominar a língua é fundamental, mas conhecer a cultura
dos países também é importante, na opinião de especialistas. "A forma como
o estrangeiro aprecia ser recebido ou atendido, esse pode ser um grande
diferencial para o brasileiro", afirma Luciano Coppini, especialista em
Recursos Humanos.
G1 do MS

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