Um ex-diretor de
um banco da Grécia foi condenado a 8 anos de prisão nesta segunda-feira por
fraude e falsificação, disseram autoridades do Judiciário. Essa é a primeira
condenação importante decorrente de uma ação anticorrupção uma semana antes da
eleição parlamentar, marcada para domingo.

Um tribunal de
Atenas condenou Pavlos Psomiadis, ex-diretor do pequeno banco e seguradora
Aspis, por forjar documentos para manter seu negócio no mercado.
A corrupção e o
clientelismo são problemas crônicos na Grécia, mas nenhum político ou
empresário de destaque havia sido condenado pela Justiça nos últimos anos, o
que aumentava a frustração da população com os principais partidos políticos,
que prometem assegurar a manutenção do pacote internacional de ajuda à economia
e manter a Grécia na zona do euro.
"Ele foi
considerado culpado por fraude e falsificação", disse uma autoridade da
corte. A condenação se baseou em uma carta de crédito forjada para a obtenção
de 550 milhões de euros (729 milhões de dólares) que Psomiadis encaminhou aos
órgãos reguladores.
O Aspis foi um
dos primeiros grupos empresariais a falir por causa da crise econômica grega. O
T-bank, um pequeno banco de financiamento que emergiu dos destroços do Aspis,
foi estatizado no ano passado, nos termos do socorro do FMI/UE entregue ao
país.
A decisão desta
segunda-feira é a mais recente de uma série de medidas judiciais num momento em
que os eleitores, revoltados com a situação no país, se voltam para partidos
menores, para punir as duas maiores legendas da Grécia -os conservadores e os
socialistas-, os quais eles culpam pela crise econômica e a crônica corrupção
do país.
No começo de
abril um ex-ministro da Defesa foi preso e aguarda julgamento por acusações de
suborno e lavagem de dinheiro.
Por Harry Papachristou
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