Leonardo da
Vinci pode ser mais conhecido por ter pintado o sorriso mais enigmático do
mundo, mas uma nova exposição do Palácio de Buckingham explora os incríveis
estudos anatômicos sobre o corpo humano produzidos pelo pintor, escultor,
inventor e cientista do Renascimento italiano.
A exposição
"Leonardo da Vinci: Anatomista", que vai
de 4 de maio a 7 de outubro, exibe 87 desenhos de anatomia feitos por Leonardo,
na maior coleção a ser exposta até agora. Ela inclui um retrato em giz de uma
criança em posição pélvica e desenhos a lápis do crânio humano.
O trabalho,
nunca publicado durante a vida do artista, fez de Leonardo um dos maiores
cientistas do Renascimento até os dias de hoje, disse Martin Clayton, curador
da exposição na Queens Gallery.
O desejo de Leonardo
de ser "fiel à natureza" levou o artista a
dissecar 30 corpos e compilar centenas de desenhos do corpo humano, mas essa
pesquisa permaneceu entre seus documentos particulares até 1900, quando
finalmente foi publicada e compreendida pelo mundo científico.
"Se Leonardo as tivesse divulgado, ele teria sido a figura mais
importante da história a publicar sobre a anatomia humana e agora nós o
consideraríamos à altura de Galileu ou Newton", disse Clayton à Reuters.
"Leonardo tem a reputação de ser um grande pintor que fazia em paralelo
um pouco de ciências, quase como um hobby; as pessoas pensam em sua máquina
voadora e no submarino."
Clayton afirmou
que a exposição mostra que o trabalho de anatomista desenvolvido por Leonardo
foi muito sério, incrivelmente rico em detalhes e de extrema importância.
O desenho do
artista sobre o sistema cardiovascular foi compilado em diversas etapas,
primeiro em um esboço em vermelho e depois em giz preto. As impressões digitais
dele ainda estão visíveis no papel.
O conferencista
Francis Well, da Universidade de Cambridge, disse que os desenhos de 500 anos
de idade ainda são relevantes para a ciência moderna.
Por Li-mei Hoang
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