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quarta-feira, 11 de abril de 2012

Presos em regime aberto buscam o direito de trabalhar como mototaxistas

Eles tentam na Justiça autorização para ter a função legalizada, em Foz.
Presos não conseguem liberação por impedimento do Código de Trânsito. 

 
Reprodução da RPC TV de Foz do Iguaçu

Nelson Cotteviques foi preso há cinco anos por participação em dois assaltos. Depois de cumprir três anos da pena em regime fechado e depois, mais dois anos em regime semi-aberto, trabalhando de dia e dormindo na cadeia a noite, há um mês ele alcançou o regime aberto. O benefício é concedido à presos com bom comportamento e a condição é de que ele trabalhe de dia e não fique na rua a noite.

Para ter uma renda e ocupação, Nelson está trabalhando em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, como mototaxista. Contudo, para legalizar a função ele precisa de uma autorização do Instituto de Trânsito de Foz (Foztrans) e o cadastro não é aprovado se a pessoa já tiver sido condenada por estupro, homicídio ou roubo.

“Eu me arrependo. A Justiça me condenou e eu cumpri meus cinco anos e um mês de prisão e saí tranquilo. Acho que cabe a sociedade, ao prefeito a Foztrans a dar um cadastro pra nós. Porque não tem outra escolha”, diz Nelson.

Para o superintendente da Foztrans Edson Stumpf, não há como não seguir o que o Código Brasileiro de Trânsito estabelece. “Independente de ser justo ou não, de dar a oportunidade de trabalho ou não a ele, nós temos que nos ater ao Código Brasileiro de Trânsito. Eu não posso passar por cima dele”.

A advogada Andreia Strassburger defende Nelson e outros quatro presidiários na busca pelo direito de trabalhar. “Eu acredito que impedir que esses pais possam trabalhar e exercer uma profissão de maneira legal e honesta, como eles vêm tentando fazer, é condená-los mais uma vez, às margens da sociedade e a voltar praticar delitos”, afirma.

Para isso, Strassburger entrou com um mandado de segurança pedindo que os clientes fossem autorizados a trabalhar como mototaxistas, mas a reposta da Justiça por enquanto foi negativa. “Entendo que o poder público não devia ele ser o primeiro a descriminar agora esses mototaxistas”, opina.

O desejo de Nelson, depois reconquistar a liberdade, é poder trabalhar de forma legalizada. “Deveriam dar essa oportunidade a nós, porque tão tirando pessoas do crime e isso aí, pra sociedade, é a melhor coisa do mundo”, conta.
 



Do G1 PR, com informações da RPC TV de Foz do Iguaçu

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