Após a confirmação, dada pela 12ª Regional de Saúde, a
Secretaria de Estado da Saúde interditou todos os lotes da fabricante. Duas
pessoas já morreram com a doença
Empresa já retirou do coméricio aproximadamente 1.400 quilos da salsicha
A Secretaria
de Estado da Saúde (Sesa) interditou todos os lotes da Salsichão Piquiri,
fabricante de salsicha localizada em Alto Piquiri, no Noroeste do Paraná,
após a confirmação da presença da bactéria causadora do botulismo em um deles.
No total, duas pessoas já morreram, outras duas estão contaminadas e há outras
dez com a suspeita da doença no distrito, que pertence a Umuarama.
De acordo
com a 12ª Regional da Saúde, que atende à região de Umuarama e confirmou
a presença da bactéria nas salsichas, aproximadamente 400 quilos do alimento já
foram retirados do comércio de Alto Piquiri e das proximidades. “Estamos
correndo de casa em casa para conversar com a população para que possamos
apreender o produto e, futuramente, incinerá-los”, informou o diretor da Regional
da Saúde, Arecídio Cassiano.
Em um dos
casos confirmados da doença, um homem ficou 20 dias no hospital, 19 deles na
Unidade de Terapia Intensiva (UTI). “Outra vítima comeu a salsicha in natura e
morreu, enquanto a esposa e o filho comeram a salsicha frita e não sofreram
nada”, contou Cassiano. “Muitas pessoas, sem saber, fritaram ou cozinharam a
salsicha e podem ter matado a bactéria [antes da ingestão do alimento].”
A empresa
que fabrica a salsicha já suspendeu a produção do alimento e cerca de 1,4 mil
quilos já foram retirados do comércio pela fabricante. “Nos prontificamos a
ressarcir quem eventualmente teve algum prejuízo, até que as analises sobre o
produto saiam”, confirmou o advogado da empresa, Ângelo Degan, em entrevista à
RPC TV Maringá.
A
recomendação da 12ª Regional de Saúde é para quem ainda tiver o produto em casa
não consumi-lo e devolver a salsicha no local onde comprou.
O que é botulismo?
O botulismo
é uma doença grave causada pela ingestão da toxina botulínica presente em
alimentos embutidos, enlatados e em conserva produzidos em condições sanitárias
precárias, o que permite a contaminação pelo esporo da bactéria Clostridium
botulinum.
Os
principais sintomas são visão turva, visão dupla, saliva grossa, insuficiência
respiratória, dificuldade para falar e engolir, náusea, vômito, diarreia, dor
abdominal, vertigem, tontura e paralisia.
Sem
tratamento, 60% dos casos evoluem para a morte, que pode acontecer entre 12
horas e 10 dias após a ingestão do alimento contaminado. O tratamento ocorre em
regime hospitalar com soro específico.
William Kayser, da Gazeta Maringá
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