Bezerro de uma propriedade localizada em Miraselva está
doente e pode ser uma nova vítima da doença. Focos ainda estão ativos na região
O número de mortes de animais por raiva no Norte do Paraná
subiu de 26, no final de janeiro, para 32, até esta quinta-feira (23). Um
bezerro de uma propriedade localizada em Miraselva está doente e pode ser uma
nova vítima da doença. Focos ainda estão ativos na região. As informações são
da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).
O veterinário da Seab Antônio Aparecido Reis,
disse que os proprietários de outros municípios se acomodaram e estão demorando
muito para aplicar a segunda dose da vacina, o que mantém a região sob-risco.
“A vacina protege os animais, mas o vírus continua no ambiente”, alertou.
Entre os mortos pela doença até agora estão 28 bovinos,
três cavalos e uma mula. Reis informou que a Seab
já identificou 14 focos da doença em propriedades rurais localizadas em Bela
Vista do Paraíso, Primeiro de Maio, Florestópolis, Miraselva e Sertanópolis.
De acordo com o veterinário, não foram registrados casos da doença em cães e
gatos. A maioria desses animais já foi imunizada contra a raiva.
Doença
De acordo com as informações da Sesa,
a raiva é uma zoonose viral, que se caracteriza como uma encefalite progressiva
aguda e letal. Todos os mamíferos são suscetíveis ao vírus e podem
transmiti-lo, inclusive o homem.
A transmissão da raiva se dá pela penetração do vírus
contido na saliva do animal infectado, principalmente pela mordedura,
arranhadura e lambedura de mucosas. O vírus se replica e é eliminado pela
saliva das pessoas ou animais enfermos.
Em caso de possível exposição ao vírus rábico, deve-se
lavar imediatamente a localidade com água corrente e sabão e procurar
assistência médica para aplicação de vacina e soro antirrábico.
Sintomas
O paciente apresenta mal estar, pequeno aumento de temperatura, anorexia, cefaleia, náuseas, dor de garganta, entorpecimento, irritabilidade, inquietude e sensação de angústia. A infecção progride, surgindo hiperexcitabilidade crescente, febre e delírios.
O paciente apresenta mal estar, pequeno aumento de temperatura, anorexia, cefaleia, náuseas, dor de garganta, entorpecimento, irritabilidade, inquietude e sensação de angústia. A infecção progride, surgindo hiperexcitabilidade crescente, febre e delírios.
O paciente se mantém consciente, com período de
alucinações, até a instalação de quadro comatoso e evolução para óbito. O
período de evolução após os sinais e sintomas até o óbito é em geral de cinco a
sete dias.
Todos os mamíferos são suscetíveis à infecção pelo vírus
da raiva. A imunidade é conferida por meio de vacinação. As pessoas que se
expuseram a animais suspeitos de raiva devem receber o esquema profilático,
assim como indivíduos que, em função de suas profissões, mantêm-se constantemente
expostos.
Por Amanda de Santa, do
Jornal de Londrina
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