Manter o esquema de imunização em dia é benéfico para a
pessoa e ajuda a proteger a comunidade das doenças

No caso de atraso, é possível fazer um esquema acelerado de vacinação
Crianças,
adolescentes e adultos brasileiros têm um esquema básico de imunização que deve
ser mantido em dia. As vacinas são importantes para garantir a saúde não
apenas de quem recebe o medicamento, mas também da comunidade em que
esta pessoa está inserida. Todas as vacinas recomendadas pelo Ministério da
Saúde estão disponíveis gratuitamente na rede pública, mas também há
a opção de fazer a prevenção em clínicas particulares, onde alguns medicamentos
apresentam diferenças.
“A gente
precisa entender que, hoje, a vacina atinge da criança até o idoso. Todos esses
grupos têm de estar preocupados em manter a vacinação em dia”, alerta a
enfermeira sanitarista Lúcia Helena Bisetto, que faz parte do programa estadual
de imunizações.
A enfermeira ressalta que é importante manter o calendário de vacinação em dia. “Antigamente, falava-se muito na idade em que a vacina deveria ser tomada e muitas pessoas achavam que, se não fizessem a imunização naquele período, não poderiam mais fazê-la, o que não é verdade. Mesmo em casos em que a vacinação está atrasada, independentemente de quando a primeira dose foi aplicada, a pessoa vai dar continuidade ao tratamento e nunca reiniciá-lo”, explica.
A médica
Heloisa Giamberardino, coordenadora do Centro de Vacinas do Hospital Pequeno
Príncipe, reforça que, em situação de atraso, é possível fazer um esquema
acelerado de vacinação. Na opinião da médica, apesar de o Brasil ter um bom
esquema de imunização, há vacinas que não constam no calendário público e
deveriam ser aplicadas. Entre os medicamentos, ela cita a imunização contra a Hepatite
A, a varicela e a vacina contra o HPV, o papiloma vírus humano, que
é sexualmente transmissível e está relacionado a casos de câncer, especialmente
de colo de útero.
Imunização
para viajar
Algumas
vacinas são recomendadas especialmente para pessoas que estão com viagens
marcadas, como a que protege da febre amarela, doença endêmica em partes
do país.
Além
disso, para viagens ao exterior, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
informa as restrições sanitárias do país de destino e também faz recomendações
de imunização, como é o caso da vacina contra o sarampo, que teve um surto na
Europa neste ano.
“É
preciso esquecer esse tabu que não se pode fazer mais de uma vacina no mesmo
dia. Se a pessoa vai viajar, vai estar exposta ao risco e deve fazer a
vacina. O ideal é organizar o esquema vacinal com pelo menos 45 dias de
antecedência”, explica Heloisa. O corpo humano demora até 20 dias para produzir
os anticorpos e efetivamente proteger contra a doença, por isso é importante
planejar o esquema de imunização para não adoecer.
Lucia
ainda explica que as vacinas virais – feitas com o vírus atenuado, como
de varicela, sarampo e rubéola – devem ser tomadas no mesmo dia ou com
intervalo de 30 dias entre cada uma. Já as outras vacinas, feitas com as cepas
do vírus desativadas, não têm uma recomendação específica, podendo ser
aplicadas juntas ou separadamente, sem intervalo definido.
Por
Fernanda Trisotto
Nenhum comentário:
Postar um comentário