Serviço de inteligência teria descoberto suposto complô
contra Capriles.
Oposicionista afirmou que a declaração do presidente é 'irresponsável'.
Oposicionista afirmou que a declaração do presidente é 'irresponsável'.

O governador de Miranda e
candidato da oposição, Henrique Capriles,
fala à imprensa em 15 de março (Foto:
Leo Ramirez / AFP)
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, advertiu nesta
segunda-feira (19) sobre um "suposto plano" para matar o candidato
opositor à presidência, Henrique Capriles Radonski.
"O diretor do Sebin (Serviço Bolivariano de
Inteligência Nacional) se reuniu com a equipe do governador de Miranda porque
há informação sobre um ataque contra ele, e não é o governo", disse Chávez
em entrevista à TV estatal.
"Como Estado somos obrigados a comunicar tal
situação e lhe dar proteção, como a qualquer cidadão venezuelano, especialmente
neste contexto", destacou Chávez, que tentará a reeleição no dia 7 de
outubro contra Capriles.
"É uma informação que levamos a sério devido às
fontes e já passamos isto à equipe de segurança do candidato burguês".
"Tudo isto para alertar o país de que o governo é o
maior fiador da paz e da segurança. Estamos todos os dias em luta contra
qualquer fenômeno, fato ou ameaça", disse Chávez.
Capriles governa o rico estado Miranda (norte), que
abriga parte de Caracas e é o segundo mais populoso do país.
Advogado de 39 anos, Capriles foi escolhido como
candidato único da oposição em uma eleição primária que reuniu quase três
milhões de pessoas, ou 17% dos eleitores do país.
Em sua conta no Twitter, o líder da oposição afirmou que
"a declaração do candidato do PSUV (partido de Chávez) beira o
irresponsável, como é seu governo, com a insegurança que vive nosso
povo!".
"Um presidente não deveria 'oferecer' proteção a um
venezuelano: deveria garanti-la a todos os venezuelanos, o que é algo muito
diferente", completou o candidato, que entre seus temas de campanha
destaca a luta contra a violência na Venezuela, um dos países mais inseguros da
América Latina.
Chávez, 57 anos, no poder desde 1999, enfrenta seu
segundo tratamento contra o câncer, após retirar um tumor em Cuba, no dia 26 de
fevereiro.
AFP
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