Luis De Guindos, da Economia, classificou como
"negativa" a decisão do presidente boliviano, Evo Morales, de
nacionalizar a Transportadora de Electricidade, subsidiária da Rede Elétrica
Espanhola
O ministro da Economia da Espanha, Luis De Guindos, classificou nesta
quarta-feira (2) como "negativa" a decisão da Bolívia de nacionalizar a Transportadora de Electricidade
(TDE), subsidiária da Rede Elétrica Espanhola (REE), mas
ressaltou que o governo de Evo Morales garantiu que compensará a empresa
espanhola pela expropriação e pelos investimentos feitos no país.
"A Bolívia garantiu que vai compensar a empresa pelos
investimentos na rede de energia elétrica, o que obviamente é um elemento que o
Governo espanhol irá monitorar", assegurou Guindos, de modo que se pague
um "preço justo" para a expropriação. A declaração foi dada antes da
reunião dos ministros das finanças da União Europeia (UE). As medidas do
governo boliviano foram garantidas nos contatos com o Ministro dos Negócios
Estrangeiros, José Manuel Garcia-Margallo, e da Indústria, José Manuel Soria.
"Essas decisões desagradam ao governo espanhol, pois
acreditamos ser fundamental manter a segurança jurídica dos investimentos em
países como a Bolívia", disse De Guindos.
Apesar do precedente da expropriação da companhia petrolífera YPF,
filial da Repsol, na Argentina, De Guindos disse que acredita que "não há
absolutamente nenhum tipo de situação generalizada" na América Latina.
"São situações independentes", insistiu. "São
decisões essencialmente negativas para os países que as tomam, para os governos
dos países que as tomam. Elas têm implicações a médio prazo, do ponto de vista
do que é o desenvolvimento econômico destes países e do que é a garantia de
investimentos, e os investimentos são essenciais".
Agência O Globo
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