Segundo Gilson Dipp, grupo deve definir como receberá
informações.
'Vamos partir do zero para chegarmos ao infinito', disse ministro do STJ.
'Vamos partir do zero para chegarmos ao infinito', disse ministro do STJ.
O ministro do
Superior Tribunal de Justiça (STJ) Gilson Dipp, anunciado pelo Planalto como
um dos sete integrantes da Comissão da Verdade, informou nesta quinta-feira
(10) que o grupo irá realizar sua primeira reunião de trabalho já na próxima
quarta-feira (16), após a posse dos membros pela presidente Dilma Rousseff.
Em entrevista ao Jornal das Dez, Dipp afirmou que, neste
primeiro encontro, a comissão irá traçar a "operacionalidade" dos
trabalhos, de como ouvirá as pessoas e receberá informações. Após a instalação,
a comissão terá dois anos para apurar violações aos direitos humanos cometidas
entre 1946 e 1988, período que inclui a ditadura militar.
"Vamos partir do zero para chegarmos ao
infinito", afirmou Dipp. Após o anúncio dos nomes, ele participou com os
demais integrantes de um jantar com a presidente Dilma Rousseff no Palácio da
Alvorada. Ele disse que a presidente não fez referência de como a comissão
deverá trabalhar.
"Ela fez questão de referir que é comissão de Estado
e não do governo. Tanto que estarão presentes todos os ex-presidentes vivos,
porque ela disse que não é um trabalho de seu governo e sim um trabalho de toda
uma história democrática brasileira". Na cerimônia de instalação, está
prevista a presença dos ex-presidentes José Sarney, Fernando Collor, Fernando
Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva.
Gilson Dipp refutou a possibilidade de as investigações
da comissão despertarem atos de revanchismo, principalmente contra militares.
"A lei que constitui a Comissão da Verdade ela se refere à reconstituição
dos fatos históricos, à reconciliação da sociedade brasileira com seu passado e
não tem nenhuma intenção de revanchismo e é mesmo proibida de fazer qualquer
ato que tenha essa conotação", disse.
"O que nós temos em mente é que certamente vão
aflorar acontecimentos que podem ser dolorosos para aqueles que sofreram algum
tipo de repressão", completou.
OAB elogia composição
Em comunicado divulgado nesta sexta-feira (11), dia seguinte ao anúncio dos integrantes, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcanti, declarou que considera a composição "equilibrada" e que os membros "são profundos estudiosos, respeitados e com conhecimento da matéria".
Para o advogado, o trabalho da Comissão deve se feito "com total rigor e, ao mesmo tempo, equilíbrio, para que não paire qualquer sentimento de radicalismos nem de um lado nem de outro".
OAB elogia composição
Em comunicado divulgado nesta sexta-feira (11), dia seguinte ao anúncio dos integrantes, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcanti, declarou que considera a composição "equilibrada" e que os membros "são profundos estudiosos, respeitados e com conhecimento da matéria".
Para o advogado, o trabalho da Comissão deve se feito "com total rigor e, ao mesmo tempo, equilíbrio, para que não paire qualquer sentimento de radicalismos nem de um lado nem de outro".
G1 de Brasília
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