Milhares estão isolados após rio Danúbio congelar ao
longo de 11 km.
Onda de frio chega ao norte da África; 46 pessoas morreram na Argélia.
Onda de frio chega ao norte da África; 46 pessoas morreram na Argélia.
Com o Danúbio completamente congelado ao longo de
quilômetros, dezenas de milhares de pessoas ficaram isoladas, sendo que boa
parte não conseguia nem sair de casa, enquanto o registro de mortes supera 600
devido ao frio que ainda assolava a Europa neste sábado (11).
Mas o frio intenso não causou apenas tristeza. Em
Hamburgo, Alemanha, centenas de milhares de patinadores aproveitaram para se
divertir no rio Aussenalster, que estava congelado, com uma camada de gelo de
mais de 20 cm.
Homem anda com seus cachorros em trecho congelado do rio Danúbio
neste sábado (11),
em Nagymaros, na Hungria (Foto: Laszlo Balogh /
Reuters)
Para ilustrar a força desta onda de frio, o Danúbio
estava totalmente congelado nas imediações do porto de Silistra, no noroeste da
Bulgária, pela primeira vez em 25 anos, já que o último registro de uma
situação como esta ocorreu no inverno de 1984-1985.
Um congelamento completo, sem o menor movimento de água,
foi registrado neste sábado em 11 quilômetros, perto desse porto búlgaro.
O congelamento de parte do Danúbio obrigou Áustria, Croácia,
Sérvia, Bulgária e Hungria a suspender a navegação no rio.
Em todo o continente, o frio continua a fazer vítimas.
Neste sábado, mais três pessoas morreram na Sérvia e duas, no Kosovo, o que
eleva para 42 o número de mortos devido às baixas temperaturas no Bálcãs,
região onde mais de 11.000 pessoas estavam isoladas em suas cidades pela neve.
No total, a onda de frio causou a morte de 19 pessoas na
Sérvia, de 11 na Bósnia, de 4 em Montenegro, de 3 na Croácia, de 2 na
Macedônia, de 2 no Kosovo e de uma na Albânia, segundo dados oficiais.
Cerca de 110.000 pessoas estavam isoladas em aldeias
afastadas da Sérvia e de Montenegro, enquanto a capital montenegrina,
Podgorica, estava paralisada por uma camada de neve que superava os 50 cm,
nível que não era alcançado há 50 anos.
No sul do Kosovo, uma avalanche soterrou onze pessoas,
duas das quais foram encontradas sem vida. As outras nove pessoas ainda estavam
presas sob a neve e uma equipe de resgate tentava socorrê-las.
Sul do Kosovo
Na Romênia, oito pessoas morreram de hipotermia nas últimas 24 horas, com as quais o registro oficial indica 65 mortos.
Romênia
Na Ucrânia, as autoridades interromperam a divulgação dos
registros de mortes. Os últimos dados publicados oficialmente, na terça-feira,
indicavam pelo menos 135 mortos, fazendo desse país o mais duramente afetado.
Ucrânia
Na Polônia, as baixas temperaturas mataram 82 pessoas
desde o início da onda de frio.

Polônia
Na Rússia, 46 pessoas não resistiram às baixas
temperaturas desde fevereiro. O frio também matou 24 na Lituânia, 10 na Letônia
e uma na Estônia.
Na República Tcheca, onde as temperaturas podem chegar a
-40°C neste sábado e no domingo nas montanhas e a -25°C em Praga, há pelo menos
25 mortos. Dezesseis pessoas morreram na Hungria e cinco na Eslováquia.
A Grécia registra cinco mortes.

Grupo de turistas se protege da nevasca enquanto observa o
Coliseu coberto de neve,
neste sábado (11) (Foto: Riccardo De luca / AP)
Na Itália, onde o registro chega a mais de 45 mortos,
fortes nevascas eram registradas neste sábado em diversas regiões.
Na França, duas pessoas perderam a vida na sexta-feira à
noite, elevando para 14 o número de mortos em onze dias.
A onda de frio atinge também o norte da África,
principalmente a Argélia, onde 46 pessoas morreram em razão do frio em uma
semana.
Da France Presse



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