Sem saber que o seu áudio estava ligado, o presidente americano
pediu mais tempo ao russo para discutir a política antimísseis
O presidente americano Barack Obama passou por uma saia justa
nesta terça-feira (27/03) na Coréia do Sul, onde participa de um encontro para
discutir uma política de utilização da energia nuclear. Sem saber que o seu
microfone estava ligado, Obama pediu ao presidente russo Dimitri Medvedev, que
esperasse até o fim das eleições para discutir a política antimísseis. "É
minha última eleição, depois terei mais flexibilidade", disse o presidente
americano.
O ato foi imediatamente usado pelos republicanos que agora acusam o
presidente americano de ocultar suas intenções com a Rússia. Mitt Romney,
pré-candidato à presidência dos Estados Unidos pelo Partido Republicano, disse
que a "ideia do presidente é planejar e fazer acordos com a Rússia, mas
que ele não revelará isso a população antes das eleições, o que é muito
alarmante".
Romney afirmou que a Rússia está alinhada com "os piores
atores" quando o assunto é política nuclear e definiu o país como o
"inimigo geopolítico número um" dos EUA.
O pré-candidato republicano lembrou a relevância que os russos têm por
serem membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU e por ter poder
nuclear em massa. Para Romney, a ideia de uma maior flexibilidade com a Rússia
é "muito preocupante".
Horas antes que os microfones captassem seu pedido a Medvedev, em
discurso em Seul, Obama lançou uma proposta de diálogo com a Rússia para uma
redução de armamento nuclear mais drástica. Segundo o presidente, a defesa
antimíssil deveria ser "uma área de cooperação, não de tensão".
A Rússia se opõe aos planos americanos de desenvolver um escudo de
defesa antimísseis na Europa. Esse escudo foi anunciado originalmente por
George W. Bush, antecessor de Obama, que o modificou e assegurou que seus
planos têm como objetivo proteger a Europa de um possível ataque por parte de
nações hostis.
EFE
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