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sexta-feira, 2 de março de 2012

Oposição quer abrir investigação sobre a merenda escolar

A bancada de oposição ao prefeito José Baka Filho (PDT) na Câmara de Vereadores de Paranaguá decidiu na sessão de ontem esperar até a próxima terça-feira para tentar abrir uma Comissão Especial de Investigação (CEI) para analisar os documentos referentes ao contrato com a SP Ali­­mentação. A empresa, que serviu a merenda escolar durante seis anos aos alunos da rede pública da cidade, é suspeita de irregularidades. Essa será a quarta vez que a oposição tentar abrir uma CEI na Câmara para investigar o caso.

 Antônio More/ Gazeta do Povo / Baka promete fornecer  contratos da merenda escolar para vereadores
 Baka promete fornecer contratos da merenda escolar para vereadores

Os vereadores pretendiam pedir também o afastamento do prefeito até que as investigações sejam concluídas, mas não encontraram uma base legal para isso. “Não temos respaldo legal no regimento interno da Casa para entrar com pedido de afastamento do prefeito por não haver um parecer jurídico que ligue o nome dele a essas denúncias”, disse o vereador Eduardo Francisco Costa de Oliveira (PSDB). O tucano reclama que os vereadores não tiveram acesso  aos contratos da prefeitura com a SP Alimentação. 

Em resposta, o prefeito José Baka Filho informou que será encaminhado hoje um ofício à Câmara Municipal e ao Ministério Público que autoriza o fornecimento de cópia de toda a documentação do período que a empresa prestou serviço para a cidade. “Todo o fornecimento de merenda em Paranaguá foi fiscalizado pelos diretores das escolas municipais”, disse.

A revista Época denunciou nesta semana que foram encontrados recibos no valor R$ 45 mil da SP Alimentação na casa de Antônio Marques Franco, diretor financeiro da empresa suspeita, em nome de dois irmãos do prefeito da Paranguá. “Quanto às anotações e comprovantes que a revista Época diz conter no processo, contratei um advogado especializado para obter cópias do processo e saber do que se trata”, disse Baka Filho.

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Londrina
MP denunciará contratos
No Paraná, o maior problema envolvendo a SP Alimentação está em Londrina. Nas próximas semanas, a Promotoria do Patrimônio Público do Ministério Público Estadual (MP) no município deve entrar na Justiça com uma ação civil pública contra os envolvidos em irregularidades nos contratos firmados entre a empresa e a prefeitura para os serviços de merenda escolar.

Entre 2006 e 2009, três contratos entre o município e a SP Alimentação movimentaram pelo menos R$ 41,9 milhões. A investigação conduzida pelo MP levantou suspeita de que os proprietários da empresa gerenciem uma organização criminosa, que ganha contratos do poder público – em todo o país – pagando propina a gestores públicos. Em 2009, uma auditoria da Controladoria do Município já havia apontado que a prefeitura de Londrina pagou de forma indevida R$ 682,7 mil à SP Alimentação pelo fornecimento de merenda escolar.

Além de Paranaguá e Londrina, os municípios de Curitiba e Castro também já tiveram contratos com a SP Alimentação – até agora, não há suspeitas de irregularidades nessas duas cidades. Na capital, a empresa fechou pelo menos 13 contratos com a administração municipal, totalizando R$ 28 milhões, de acordo com dados do Portal do Controle Social. Em Castro, foram dois contratos, que somaram R$ 11 milhões.




Por Oswaldo Eustaquio

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