A Federação Internacional de Vela (FIV) anunciou no fim
de semana a substituição do windsurfe pelo kitesurfe a partir da Olimpíada de
2016, no Rio de Janeiro -- decisão que, naturalmente, frustrou os praticantes
da primeira modalidade, e agradou aos da segunda, que fará sua estreia nos
Jogos.
"Claramente, esses
velejadores (do windsurfe) estão bastante devastados. Pelo menos de início,
parece que seus sonhos foram frustrados por essa decisão. Resta ver se muitos
desses atletas não desejam reavaliar e abraçar o kitesurfe como uma nova
disciplina. Imagino que iremos incentivá-los a ver isso", disse à Reuters
na segunda-feira o dirigente australiano da vela Peter Conde.
As federações de windsurfe
dizem que irão pressionar a FIV a reincorporar a modalidade ao programa
olímpico. Bryony Shaw, medalhista de bronze pela Grã-Bretanha nos Jogos de
Pequim, assinou uma petição pela Internet nesse sentido.
Falando à Reuters por
telefone, Bem Finkelstein, técnico da campeã mundial Lee Korzits, manifestou
preocupações com os custos envolvidos na mudança.
"Surfistas
profissionais que decidirem fazer a mudança poderão usar suas habilidades para
se adaptarem, mas estou muito mais preocupado com todos os clubes e com os
surfistas jovens, menos experientes. É uma modalidade completamente diferente,
e se quisermos nutrir competidores na nova modalidade isso implicará alterar o
equipamento, e exigirá um enorme gasto."
No windsurfe, o atleta
manuseia uma vela instalada sobre a sua prancha. No kitesurfe, a prancha é
movida por uma espécie de parapente preso ao corpo do velejador.
Por Ian Ransom
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