Um agente de inteligência da Síria foi morto nesta terça-feira na
capital, Damasco, disseram fontes da oposição, e um canal governista de TV
noticiou que pelo menos três pessoas ficaram feridas na explosão de um
carro-bomba na cidade, em novos reveses para a precária trégua monitorada pela
ONU no país.
A missão de observadores da ONU
visitou a província de Homs, reduto da rebelião dos últimos 13 meses contra o
presidente Bashar al Assad, como parte dos esforços para solidificar um
cessar-fogo implementado há 12 dias.
O Observatório Sírio de Direitos
Humanos, grupo com sede na Grã-Bretanha, disse que o agente de inteligência foi
morto na manhã desta terça-feira no bairro de Barzeh, em Damasco. O grupo não
deu detalhes.
O canal de TV Ikhbaria afirmou que
a explosão em um bairro de comércio popular da capital síria danificou prédios
próximos à famosa Cidade Velha de Damasco. Segundo a agência iraniana de
notícias Fars, a explosão aconteceu em frente ao centro cultural iraniano, mas o
prédio não sofreu danos. O Irã é um importante aliado regional do governo
sírio.
A ONU diz que as forças sírias já
mataram pelo menos 9.000 pessoas na repressão à rebelião; o governo afirma que
2.600 soldados e policiais foram mortos por "grupos terroristas armados".
De acordo com a agência estatal
síria de notícias Sana, autoridades alfandegárias na fronteira com o Líbano
apreenderam um veículo cheio de munições e armas, incluindo três metralhadoras
e um lançador de granadas.
Um pequeno grupo de observadores
militares da ONU está na Síria há pouco mais de uma semana para monitorar a
trégua em vigor desde o dia 12. O acordo, mediado pelo enviado internacional
Kofi Annan, prevê que ambos os lados suspendam os combates, e o governo retire
soldados e armamentos pesados dos centros populacionais.
Falando na segunda-feira ao
Conselho de Segurança da ONU, o subsecretário-geral Lynn Pascoe disse que a interrupção da "da violência armada continua
incompleta".
Ativistas disseram que 31 pessoas
foram mortas na segunda-feira na cidade de Hama, e que outras 24 morreram no
restante do país.
Por Oliver Holmes
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