Comissão de Constituição e Justiça da Alep analisa proposta nesta
terça (24).
'O banco é deles, o dinheiro é deles, mas o risco é nosso', diz deputado.
'O banco é deles, o dinheiro é deles, mas o risco é nosso', diz deputado.
Caixas eletrônicos costumam ser abertos com
maçaricos e explosivos
(Foto: Reprodução RPC TV)
Os estabelecimentos do Paraná que possuem caixas eletrônicos ou
centrais de autoatendimento podem ser obrigados a providenciar e manter
seguranças armados em caráter permanente nas dependências do local. A obrigação
é objeto de um projeto que será avaliado pela Comissão de Constituição e
Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) nesta terça-feira
(24).
A proposta é do deputado Leonaldo Paranhos (PSC) e visa alterar um artigo
de uma lei aprovada em 1996 por autoria do atual governador do estado, Beto
Richa (PSDB), então deputado estadual. A lei exige o monitoramento por câmeras
permanentemente nestas instituições, com a presença de um vigilante armado
durante o período de funcionamento, ou seja, até as 16h.
“Após esse horário, as Centrais de autoatendimento ficam completamente
desprotegidas, colocando em risco as pessoas que a utilizam e também a
comunidade”, justificou Paranhos. Em entrevista ao G1, ele afirmou
preocupação com as explosões de caixas recorrentes no estado e no Brasil. “O
banco é deles, o dinheiro é deles, mas o risco é nosso”, disse.
O autor da proposta afirma que mesmo que os bancos se oponham à medida,
ela deve ser respaldada por lei, já que trata de segurança pública. “O que
temos que garantir é que além dos arrombamentos, temos que permitir que a
pessoa que vai fazer um saque possa ter segurança”. A iniciativa vale também
para supermercados, shoppings e outros estabelecimentos com terminais de
autoatendimento.

Medida também vale para supermercados e
shoppings (Foto: Reprodução/RPCTV)
shoppings (Foto: Reprodução/RPCTV)
Paranhos, que é presidente da Comissão de Defesa do Consumidor do
Legislativo estadual, afirmou que está em contato com o Ministério Público (MP)
e com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) para adicionar substitutivos
ao projeto durante o período de tramitação. “Por exemplo, a possibilidade de
existir nesses caixas um autodestruidor do dinheiro. Uma guilhotina ou um
produto que possa destruir o dinheiro. Para que o bandido vai correr o risco de
assaltar se ele souber que vai danificar o dinheiro quando explodir?”,
sugestionou.
Se aprovado na CCJ, a proposta vai para discussão em plenário. A
expectativa do deputado é que a votação ocorra no mês de maio.
Por Fernando Castro
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