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segunda-feira, 28 de maio de 2012

Reajuste da diária anima setor hoteleiro na capital

Historicamente baixo em Curitiba, preço médio da diária subiu 13% no ano passado, tornando valor mais próximo dos praticados em outras cidades brasileiras
Daniel Caron/ Gazeta do Povo / Para Eraldo Santanna, da rede Slaviero, Curitiba ainda tem espaço para investimentos em leitos de perfil econômico
 Para Eraldo Santanna, da rede Slaviero,
 Curitiba ainda tem espaço para investimentos em leitos de perfil econômico

Pós-Copa
Curitiba está fora da lista de cidades que podem sofrer com “superoferta”
Mesmo com hotéis suficientes para receber a Copa do Mundo de 2014, a perspectiva no mercado local também pode animar novos investimentos na cidade. Desenvolvido pela HotelInvest e pelo Fórum dos Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB), o Placar da Hotelaria 2015 vem medindo o risco de superoferta hoteleira nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo de 2014 após a realização do evento. O receio é que haja uma superoferta e uma consequente forte redução da taxa de ocupação dos hotéis e da rentabilidade do investimento hoteleiro.

De acordo com o levantamento, que teve sua última edição divulgada no final de 2011, Curitiba é uma das poucas cidades, ao lado de São Paulo e Rio de Janeiro, em que o sinal ainda está verde para investimentos no setor.

A expectativa é que Curitiba tenha um bom fluxo de turistas, principalmente de negócios, após o evento. Entre os diferenciais dos novos hotéis, a principal exigência apontada fica por conta dos serviços de qualidade, da tecnologia e praticidade. “Uma banda larga que funcione com qualidade é um requisito básico, por exemplo. O principal perfil é daquela pessoa que vem tratar de negócios e só tem tempo de acessar seu computador no quarto de hotel”, explica Eraldo Santanna. 

Dos hotéis já existentes, a necessidade é de constante modernização e adequação aos padrões de qualidade do mercado atual. De acordo com o FOHB, é preciso direcionar anualmente até 5% do faturamento bruto para a manutenção das estruturas, além de reformas e readequações a cada 10 anos, com inversões de 20% a 30% do investimento inicial.

Investimento
Maior hotel da cidade será erguido no centro histórico
Com 280 apartamentos, a rede Slaviero começa a construir neste ano o que deve ser o hotel com o maior número de quartos da cidade até a data da sua conclusão, prevista para 2015. A construção será erguida na rua Jaime Reis, próximo ao Largo da Ordem, no centro de Curitiba. 

O foco do investimento é, fundamentalmente, o turismo de negócios, que corresponde a cerca de 25% do número total de turistas no país de acordo com o Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil. Em função disto, o empreendimento terá um perfil econômico. 

De acordo com o diretor de expansão da rede da Slaviero, Eraldo Santanna, para esta empreitada, a empresa aposta nas pessoas que têm motivações profissionais para vir a cidade para participar de reuniões, congressos e seminários, que caracterizam uma estada rápida. Apesar de ser a grande garantia para os investimentos no setor no futuro, o empreendimento não visa somente o turismo de negócios. “O foco também é em atrair famílias que pretendem passar um final de semana em Curitiba, por exemplo”, pondera o diretor. 

Em voga até 2014, o setor hoteleiro em Curitiba apresentou crescimento significativo em 2011, de acordo com a pesquisa Panorama da Hotelaria Brasileira, que analisou o momento do setor em seis cidades brasileiras no ano passado. O principal motivo da alta foi o aumento no valor médio das diárias praticadas na cidade, que subiram 13,1% no ano passado.

Historicamente, Curitiba sempre foi uma das cidades com uma das diárias médias mais baixas entre as capitais brasileiras, mas nos últimos anos esse cenário começou a mudar – fenômeno que está incentivando empresários a planejarem novos investimento para o município. Em 2010, a média das diárias já havia crescido 5,3%, descontanda a inflação.

O principal índice para aferir o crescimento do setor é o chamado RevPAR, abreviação do inglês para “Revenue per Available Room”, ou Receita por Quarto Disponível. Em Curitiba a alta foi de 15,8%, enquanto no Brasil este índice cresceu 12,2% no ano passado em relação a 2010. 

Sistematicamente, as tarifas em Curitiba vem sendo reajustadas nos últimos dois anos. “Em 2010, a diária média da cidade era de R$ 141. Agora, de acordo com dados até março deste ano, o valor está em R$ 187”, detalha Ronaldo Albertino, diretor de desenvolvimento da rede Bourbon Hotéis e Resorts na América Latina. Ele afirma que isso propicia um cenário para novos produtos hoteleiros.

Segmentação
O destaque diz respeito à segmentação de leitos. O crescimento de 17,8% no valor das diárias dos leitos econômicos (até R$ 190) na cidade foi o maior apontado pela pesquisa, realizada pela consultoria HotelInvest. 

Segundo o diretor de expansão da rede da Slaviero, Eraldo Santanna, Curitiba ainda tem espaço para investimentos em leitos de perfil econômico. Já empreendimentos em hotéis midscale e upscale, mais caros, ainda estão com folga na oferta. “A grande demanda da cidade é de turismo corporativo e é ela que vai se manter após a Copa do Mundo”, afirma. 

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a rede hoteleira curitibana tem 12.780 unidades habitacionais, com 19.083 leitos. Para o torneio, os leitos atuais já dariam conta do fluxo de turistas. O cálculo realizado pela FIFA exige que a cidade-sede tenha um número de vagas disponíveis em hotéis que totalizem 30% da capacidade do estádio local em um raio de até 150 quilômetros do local dos jogos. No caso de Curitiba, o projeto é que a Arena da Baixada tenha capacidade para 41 mil torcedores e, portanto, seriam necessários pouco mais de 12 mil leitos.


Por Pedro Brodbeck

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