A Suprema Corte da Espanha absolveu o juiz Baltasar
Garzón da acusação de ultrapassar sua autoridade ao ordenar uma investigação
sobre os assassinatos de mais de 100 mil pessoas por forças leais ao ex-ditador
Francisco Franco, relatou o jornal El Mundo.
Garzón, que é internacionalmente conhecido por ordenar
a prisão do ex-ditador chileno Augusto Pinochet em 1998 baseado na legislação
internacional de Direitos Humanos, foi acusado de violar uma lei espanhola de
anistia de 1977.
Em caso separado no início deste mês, a Corte baniu
Garzón por 11 anos por gravar ilegalmente conversas entre advogados de defesa e
seus clientes, o que pode encerrar efetivamente a sua carreira de 56 anos.
Garzón planeja apelar da condenação.
O caso Franco, mais uma vez, expôs as divisões na
sociedade espanhola entre aqueles que foram vítimas do regime que durou décadas
e aqueles que não foram. Garzón argumentou que ele agiu de acordo com pedidos
das famílias das vítimas e que a lei internacional o apoiava, assim como o
apoiou no caso de Pinochet.
(Por Elisabeth O'Leary)
© Thomson Reuters 2012 All
rights reserved.
Nenhum comentário:
Postar um comentário