As defesas civis de Israel não estão preparadas para
proteger a população em caso de guerra com mísseis, disse um parlamentar
oposicionista na quarta-feira, alimentando o debate sobre a viabilidade de um
ataque contra o programa nuclear iraniano.
Quase um quarto dos
israelenses não tem acesso a abrigos antibombas, sejam os comunitários ou os
montados em cômodos reforçados das suas próprias casas, segundo Zeev Bielski,
presidente de uma comissão parlamentar sobre os preparativos domésticos de
defesa.
"Estamos preparados
para uma guerra? Não", disse ele à Reuters. "As coisas estão avançando
muito lentamente, e estamos perdendo um tempo precioso."
Israel diz ter 100 mil
foguetes e mísseis apontados contra si, muitos deles em poder da Síria, do
grupo libanês Hezbollah e da administração do Hamas na Faixa de Gaza. Não está
claro se todo esse arsenal seria mobilizado no caso de uma guerra entre Israel
e Irã.
Israel e vários governos
ocidentais acusam o Irã de tentar desenvolver armas nucleares clandestinamente,
algo que a República Islâmica nega. O Estado judeu não descarta uma ação militar
para acabar com o programa atômico iraniano.
O ministério israelense da
Defesa Civil confirmou os dados citados por Bielski, mas minimizou as
preocupações dele.
"Nossa posição
continua sendo a de que, se todos fizerem o que se espera que façam durante uma
emergência, a situação será sustentável", disse uma fonte do ministério.
(Reportagem
Dan Williams)
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