Ele estava afastado desde novembro, após uma série de
denúncias.
Pedido foi lido em plenário pelo presidente em exercício, Sabino Picolo.
Pedido foi lido em plenário pelo presidente em exercício, Sabino Picolo.

Documento foi lido no plenário da Câmara de
Curitiba (Foto: Ana Zimmermann/RPC TV)
Curitiba (Foto: Ana Zimmermann/RPC TV)
O presidente licenciado da Câmara de Vereadores de Curitiba,
João Cláudio Derosso (PSDB) renunciou ao cargo no início da sessão desta
segunda-feira (12). O documento com o pedido foi lido em plenário pelo
presidente em exercício, Sabino Picolo (DEM). Derosso, que presidia a Casa há
15 anos, não estava na sessão no momento do anúncio.
O vereador estava afastado espontaneamente do cargo desde
novembro de 2011, quando justificou a saída como maneira de “preservar a
instituição e os demais vereadores”. Um novo pedido de afastamento por mais 90
dias foi requerido por Derosso em fevereiro, o que gerou reclamações da
oposição.
A bancada de oposição na Câmara planejava apresentar em
plenário nesta segunda um requerimento de afastamento definitivo de Derosso do
cargo. As assinaturas foram recolhidas com a adesão de parlamentares do PSDB,
partido do então presidente, cujo líder chegou a afirmar que Derosso estava "politicamente
condenado". A oposição, inclusive, planejava uma manobra para garantir
participação na Comissão Processante que analisaria o pedido.
O G1 tentou
falar com Derosso, mas não obteve retorno das ligações.
Denúncias
Derosso foi denunciado pelo Ministério Público por improbidade administrativa, oriunda de irregularidades na administração da Câmara. Entre elas, está a contratação da empresa Oficina da Notícia, de propriedade de sua esposa, Cláudia Queiroz. Ela era funcionária da Câmara quando venceu a licitação de um contrato de publicidade estimado em R$ 30 milhões.
Derosso foi denunciado pelo Ministério Público por improbidade administrativa, oriunda de irregularidades na administração da Câmara. Entre elas, está a contratação da empresa Oficina da Notícia, de propriedade de sua esposa, Cláudia Queiroz. Ela era funcionária da Câmara quando venceu a licitação de um contrato de publicidade estimado em R$ 30 milhões.
Há ainda suspeitas sobre a impressão do informativo
“Câmara em Ação”, um veículo com as notícias publicadas no site do órgão. Dados
do Tribunal de Contas do Paraná, que também investiga denúncias de
irregularidades nos contratos de publicidade do legislativo municipal, apontam
que o órgão gastou R$ 14 milhões com a impressão mensal de 201,05 mil
exemplares do “Câmara em Ação” de julho de 2006 a janeiro de 2008. Este valor
corresponde a 41% de todos os gastos do legislativo municipal no mesmo período.
Por Fernando Castro
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