Polícia Civil quer
identificar moça para esclarecer envenenamento de quatro adolescentes
Polícia Civil procura a mulher que entregou a caixa
com brigadeiros envenenados
a um taxista para serem entregues na casa de
uma adolescente de 14 anos
A Delegacia de
Homicídios (DH) de Curitiba divulgou na tarde desta terça-feira (20) as imagens
que mostram uma mulher entregando uma caixa de brigadeiros a um taxista em
frente ao Shopping Pinheirinho, no bairro Capão Raso. Ela solicitou que os bombons
fossem entregues na casa de uma adolescente de 14 anos no Jardim Futurama, no Umbará
no último dia 12. Quatro adolescentes comeram os doces e precisaram de
atendimento médico, já que existe a hipótese dos brigadeiros estarem
contaminados com “chumbinho”, uma espécie de raticida ilegal.
As imagens são do
circuito de segurança do shopping e mostram a mulher saindo de perto do ponto
de táxi após conversar com o taxista para solicitar a corrida. No dia, ela
vestia uma calça preta, uma camiseta verde e usava uma bolsa. O delegado titular
da DH, Rubens Recalcatti disse que é importante encontrar essa mulher para que
a motivação do envenenamento seja esclarecida. “As pessoas devem denunciar
porque ela cometeu um crime grave, que poderia ter sido mais grave”, afirmou.
Qualquer informação
sobre a mulher que aparece no vídeo e sobre o caso de envenenamento deve ser
repassado para a Delegacia de Homicídios, que fica na Avenida Sete de Setembro,
2007, no centro da cidade. O telefone é o (41) 3363-1518.
Todos já receberam
alta
Uma adolescente de
16 anos recebeu alta do Hospital de Clínicas (HC) na tarde desta terça-feira
(20). Ela era a última dos quatro adolescentes contaminadas que ainda estava
internada. Ela teve uma lesão no pulmão, que já foi tratada e sanada. Nesta
semana, ela já respirava sem a ajuda de aparelhos.
A adolescente, de
14 anos, que ingeriu brigadeiros com suspeita de envenenamento, em Curitiba,
recebeu alta no fim da tarde de segunda-feira (19) e deixou o Hospital de
Clínicas (HC). A menina ficou internada por oito dias na Unidade de Terapia
Intensiva (UTI) e chegou a ter parada cardiorrespiratória em 12 de março.
Apenas uma jovem, de 16 anos, segue internada no HC.
Os outros dois
adolescentes, de 13 e 17 anos, também já se recuperaram e saíram do hospital. O
primeiro esteve internado no Centro Municipal de Urgências Médicas (CMUM) do
Pinheirinho e teve alta em 13 de março. O outro jovem foi levado para o HC e
permaneceu no hospital até a última quinta-feira (15).
O caso
A família da
adolescente de 14 anos recebeu uma caixa com oito bombons, na tarde de 12 de
março, e quatro pessoas passaram mal após ingerir parte dos brigadeiros. Um
taxista entregou os doces na casa da família, no Jardim Futurama, no Umbará, de
acordo com a Delegacia de Homicídios (DH). O homem disse à polícia que uma
mulher elegante, bem vestida o procurou -próximo ao Shopping Pinheirinho - e
pediu para entregar a caixa com os bombons na casa da menina.
A Polícia Civil investiga se o ex-namorado de uma das meninas foi o responsável pelos brigadeiros envenenados, que contaminaram quatro adolescentes. De acordo com o delegado Rubens Recalcatti, chefe da DH, o rapaz foi identificado, prestou depoimento na sexta-feira (16), mas negou envolvimento com o crime.
A Polícia Civil investiga se o ex-namorado de uma das meninas foi o responsável pelos brigadeiros envenenados, que contaminaram quatro adolescentes. De acordo com o delegado Rubens Recalcatti, chefe da DH, o rapaz foi identificado, prestou depoimento na sexta-feira (16), mas negou envolvimento com o crime.
Antes de ser
liberado, o jovem foi encaminhado ao Instituto de Criminalística (IC), onde
teve uma amostra de sangue coletada. O código genético do material será
comparado com o de um fio de cabelo encontrado em um dos brigadeiros
envenenados. Além disso, o delegado Recalcatti determinou que seja realizado um
exame grafotécnico (de confronto de caligrafia) para saber se foi o suspeito
quem escreveu o bilhete que estava com os doces.
A polícia acredita
que o veneno utilizado nos brigadeiros é “chumbinho”, um tipo de raticida ilegal utilizado
clandestinamente no Brasil e fabricado a partir de agrotóxicos. O laudo oficial
ainda não foi divulgado.
Por Fernanda Leitóles e Heliberton Cesca
Nenhum comentário:
Postar um comentário