Mais adolescentes americanos adiam a iniciação sexual em
comparação com 1995 e o uso de contraceptivo hormonal aumenta entre aqueles que
são sexualmente ativos, afirmaram autoridades de saúde nesta quinta-feira.

No entanto, persistem as disparidades nas práticas de
sexo seguro, com adolescentes brancos mais propensos ao uso regular de
contraceptivos do que os afroamericanos ou hispânicos, ressaltaram em um
relatório os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).
Os dados foram disponibilizados pela Pesquisa Nacional de
Crescimento Familiar, realizada em 1995, 2002 e no período 2006-2010, descrito
como uma consulta representativa nacional.
No período 2006-2010, 57% das adolescentes com idades
entre 15 e 19 anos nunca haviam tido coito vaginal, um aumento de 49% com
relação a 1995, reportou o Semanário de Morbidade e Mortalidade dos CDC.
"A proporção de adolescentes do sexo feminino que
nunca fizeram sexo é comparável agora entre todos os grupos raciais e
étnicos", destacou.
Cerca de 60% dos adolescentes que tiveram experiência
sexual disseram fazer uso de métodos hormonais de controle da natalidade, como
a pílula anticoncepcional, o dispositivo intrauterino (DIU) ou injeções, um
aumento de 47% com relação a 1995.
O uso de anticoncepcionais foi maior entre os brancos
(66%) e menor entre os negros (46%). Entre os adolescentes hispânicos
sexualmente ativos, 54% disseram fazer uso de método hormonal de controle da
natalidade.
Os preservativos foram considerados um método
anticoncepcional moderadamente eficaz e foram o segundo mais popular entre os
adolescentes sexualmente ativos, com uso decrescente desde 1995.
No entanto, durante o período 2006-2010, "apenas a
metade (49%) das adolescentes que usaram preservativo como anticoncepcional
reportaram um uso consistente no mês anterior", destacou o CDC.
Cerca de 20% das adolescentes sexualmente ativas disseram
não fazer uso de qualquer método de controle da natalidade, um nível que
permaneceu igual desde 1995.
Estudos em separado demonstraram que a taxa de natalidade
nos Estados Unidos, que em 2010 era de 34 nascimentos por 1.000 mulheres, está
em declínio constante, com uma redução de 44% desde 1990 ao seu menor nível em
sete décadas.
Cerca de 368.000 bebês nasceram de adolescentes
americanos em 2010.
No entanto, o CDC alertou que a taxa de natalidade de
adolescentes americanas permanece mais elevada do que em outros países
desenvolvidos e pediu às comunidades que forneçam educação sexual e envolvam os
adolescentes em serviços de saúde reprodutiva.
France Presse
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