Clube nortista cria polêmica, barateia ingresso e usa até apoio do
lateral Roberto Carlos para aquecer duelo com o Coxa

Tinha tudo para ser um jogo protocolar, para cumprir tabela, mas não deve ser
tão tranquilo para o Coritiba. Mesmo com a expressiva vantagem construída
em casa (4 a 1), o Alviverde vai encarar uma pressão inesperada contra o
Paysandu. A partida começa às 19h30, no Mangueirão.
Pelo regulamento da Copa do Brasil, com placares agregados dos
dois confrontos e gol fora como critério de desempate, o Coxa começa a partida
podendo perder, inicialmente, por dois gols de diferença.
A pressão ganhou força ontem, por meio do inusitado apelo do
lateral Roberto Carlos à torcida do time paraense. O jogador do Anzhi, da
Rússia, firmou uma parceria com o Papão para difundir o clube nortista na
Europa.
“A tarefa é difícil, mas não é impossível. O Paysandu mais do
que nunca precisa da sua torcida jogando junto. Tenho certeza de que vamos
chegar aos 40 mil torcedores no estádio que vai se tornar uma panela de
pressão. Vamos nos unir nesta ideia”, disse.
Foi a senha para estimular os fãs bicolores – já mordidos com uma
polêmica criada no duelo da semana passada, no Alto da Glória. Em entrevista no
gramado, o meia Harison afirmou que a sua torcida era maior do que a do Coritiba
e foi questionado pelo repórter. A discussão foi gravada por uma tevê do Pará e
apimentou um jogo que tinha tudo para ser morno.
Apesar desse combustível, o diretor de futebol do Papão, Raimundo
Guimarães, faz questão de destacar: “Ninguém tem nada contra o Coritiba”.
A rivalidade para desbancar o Remo, que colocou 44 mil pessoas no Mangueirão
pelo Estadual nesse domingo, e o preço do ingresso a R$ 10 contribuíram para
fazer do estádio hoje um caldeirão.
Enquanto isso, o Coritiba prepara-se para o confronto consciente
de que o começo do jogo será o pior. “Eles já falaram que estão acreditando
ainda. O nosso papel é segurar a pressão dos primeiros minutos e sair no
contra-ataque”, explica Anderson Aquino.
“Se ficarmos atrás, vamos tomar sufoco”, lembra o meia Éverton Ribeiro.
“Temos de, se possível, fazer um gol. Aí sim a vantagem fica muito grande e
depois é só controlar o jogo”, ensina Aquino.
Por Robson Martins
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