Aproximadamente 300 policiais militares, civis e guardas
municipais ocupam a região desde 6 horas desta manhã. Primeira UPS foi
implantada no Uberaba no mês de março

Parolin foi ocupado nesta
quinta-feira para a instalação da segunda UPS do Paraná
A segunda Unidade Paraná Seguro (UPS) do estado está
sendo instalada no bairro Parolin, em Curitiba, na manhã desta quinta-feira
(3). Aproximadamente 300 policiais militares, civis e guardas municipais ocupam
a região desde 6 horas desta manhã.
A ação ocorre dois meses depois da implantação da
primeira unidade pacificadora do Paraná, no bairro Uberaba, em 1º de março.
Cerca de 450 policiais participaram daquela ação. O projeto piloto do Paraná é
semelhante ao do Rio de Janeiro, porém sem a participação do Exército (como
ocorre na versão carioca).
Os 300 policiais que participam da operação desta
quinta-feira devem permanecer no Parolin por 24 horas, de acordo com a Polícia
Militar (PM). Após o período, 150 seguirão na região por cerca de 30 dias. A
previsão das forças de segurança é de que 30 policiais ficarão permanentemente
no bairro após o primeiro mês de ocupação.
O efetivo que ficará no bairro após a operação têm formação
na Academia Militar do Guatupê, em São José dos Pinhais, para ações
comunitárias, segundo a Polícia Militar.
Mandados de prisão e de busca e apreensão são cumpridos
no Parolin desde quarta-feira (2). Duas pessoas foram presas com pedras de
crack e 11 máquinas caça-níqueis foram apreendidas, segundo a PM. Trinta pedras
de crack também foram apreendidas no bairro.
Escolha do Parolin
Escolha do Parolin
O bairro Parolin é um ponto de distribuição de drogas
para toda Curitiba e isso motivou a instalação da segunda UPS no bairro, de
acordo com o subcomandante da PM, coronel César Alberto Souza. “O Parolin tem
um dos mais altos índices de criminalidade de Curitiba. Há mais de 30 anos o
estado tenta instalar seus programas sociais no bairro”, afirmou Souza.
Segundo o subcomandante, o serviço de inteligência da PM
monitora o bairro há semanas para que fosse possível colocar em prática a ação
desta quinta-feira.
O bairro Parolin, segundo a PM, é dividido em regiões e
cada uma delas é “responsável” pela distribuição de um tipo de droga. O tráfico
de cocaína e crack são bastante ativos na região.
O tenente-coronel José da Rosa Neto, que também participa
da ação no Parolin, afirmou que outras unidades devem ser instaladas em
Curitiba para que se possa combater a criminalidade. “A partir do momento que
se recupera um bairro com a instalação da UPS, a delinquência migra para outra
região da cidade. Por isso há a necessidade de instalar várias unidades”, disse
o tenente-coronel.
A população pode auxiliar o trabalho da PM no Parolin e
em outros bairros fazendo denúncias sobre o tráfico de drogas e a criminalidade
em geral para o telefone 181 do Disque-Denúncia. A denúncia pode ser feita
anonimamente.
Clima tranquilo no Parolin
Moradores do bairro Parolin aprovaram a instalação na UPS
no bairro. O clima era de tranquilidade na região nesta manhã. Algumas pessoas
que estavam nas ruas do Parolin no início desta quinta foram abordadas e
revistadas.
O pedreiro Miguel Luiz de Paula, 48 anos, contou que
passou ao lado dos policiais, mas não chegou a ser revistado. Ele afirmou que a
situação no bairro estava tranquila nesta manhã e defendeu que operações na
região devem ser frequentes.
Opinião semelhante foi apresentada pela auxiliar de
serviços gerais Isabel Ferreira dos Santos, 57 anos. Ela afirmou que o bairro
está mais tranquilo do que períodos anteriores, mas ressaltou que a chegada da
polícia proporciona mais segurança aos moradores.
Operação anterior à ocupação do Parolin
A assessoria de imprensa da Polícia Militar informou que
uma operação foi realizada no bairro Parolin na madrugada de quarta-feira (2) –
aproximadamente 24 horas antes da ocupação do bairro que ocorreu nesta
quinta-feira. Mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos na
quarta por policiais descaracterizados. Segundo a PM, o balanço dessa operação
será divulgado somente na sexta-feira (4).
Por Fernanda Leitóles, Osny Tavares e Rodrigo Batista
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