Mais de 50 boxeadores profissionais competirão nos Jogos Olímpicos
do Rio de Janeiro, de acordo com o presidente da Associação Internacional de
Boxe (Aiba), Wu Ching-Kuo.
"Definitivamente
eles estarão no Rio", disse Wu à Reuters em Londres, onde assistia à final
da temporada da competição World Series of Boxing (WSB), organizada pela Aiba,
entre o Dínamo de Moscou e o Milano Thunder.
"Observe
o programa olímpico de outros esportes, como o basquete, o vôlei e o handebol;
eles têm profissionais e somos a única organização que não tem", completou
ele.
Lançada em 2011, a WSB aconteceu em
12 cidades este ano, com equipes compostas por cinco boxeadores competindo
entre si para chegar na quarta-feira à final, no ExCel Centre, de Londres, o
local do torneio olímpico deste ano.
No ano que vem, será lançado o
programa de boxe profissional APB, da Aiba, dentro do qual os boxeadores
receberão salários regulares e lutarão sem coletes nem capacetes.
"No
Rio, haverá 56 boxeadores do APB e 10 qualificados através das finais
individuais da WSB", afirmou Wu.
Com o APB, que foi criado por Wu,
os boxeadores vindos do esporte amador não teriam de ignorar os Jogos Olímpicos
em seu auge ao seguir o caminho profissional, disse ele.
Qualquer boxeador ganhando a vida
como profissional no APB ainda poderá ser elegível a competir nas Olimpíadas.
No passado, medalhistas olímpicos,
como o britânico Amir Khan, que ganhou uma medalha de prata em Atenas-2004
quando era adolescente, rapidamente viravam profissionais para aproveitar o
sucesso e ganhar dinheiro.
"Isso
vai melhorar a qualidade da competição de boxe nos Jogos Olímpicos, porque os
principais boxeadores serão capazes de ganhar dinheiro sem seguir a rota
normal", disse o taiuanês Wu, que assumiu a presidência da Aiba em 2006.
"No
passado, os melhores boxeadores dos Jogos Olímpicos e dos Campeonatos Mundiais
eram perdidos para as entidades profissionais. Vamos dizer que houve muitos
boxeadores de talento que entraram nas competições erradas e não foram
bem-sucedidos. Eles não poderiam voltar ao boxe amador, e por fim desapareceram
do mundo do boxe."
Por Martyn Herman
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